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Jarras de vinho de 5 mil anos são encontradas em tumba de misteriosa rainha do Egito

Segundo o Ministério das Antiguidades e Turismo do país, centenas de recipientes fechados ainda contêm restos de bebida
Por History Channel Brasil em 03 de Outubro de 2023 às 11:44 HS
Jarras de vinho de 5 mil anos são encontradas em tumba de misteriosa rainha do Egito-0

Arqueólogos encontraram centenas de jarras de vinho fechadas durante escavações na tumba de uma misteriosa rainha na necrópole de Umm El Qa'āb, no Egito. Os pesquisadores acreditam que os artefatos tenham cerca de cinco mil anos. Segundo o Ministério das Antiguidades e Turismo do país, os recipientes ainda contêm restos de bebida. 

As jarras de vinho foram encontradas na tumba da rainha Merneith, uma figura misteriosa que provavelmente era uma mulher muito importante durante a Primeira Dinastia do antigo Egito. Muito poucos detalhes sobre sua vida são conhecidos pelos historiadores. Alguns estudiosos consideram Merneith a primeira mulher faraó do Egito, embora não esteja claro se ela realmente reinou sozinha em algum período. Seu governo pode ter começado por volta de 2.950 a.C., mas o papel exato exercido por ela permanece um mistério.

Escavações na tumba da rainha
Escavações na tumba da rainha

Segundo o Ministério das Antiguidades e Turismo, as jarras de vinho encontradas na tumba da rainha são grandes e estão em bom estado de conservação. Análises indicam que o túmulo foi construído com tijolos brutos, argila e tábuas de madeira. Os pesquisadores também descobriram mais de 40 túmulos destinados para os servos e cortesãos da nobre próximos à tumba real.

Os pesquisadores disseram que Merneith é a primeira mulher da Primeira Dinastia a ter sua tumba encontrada na necrópole. Segundo Dietrich Raue, diretor do  Instituto Alemão no Cairo, as escavações revelaram novas informações históricas sobre a vida e o reinado de Merneith. Um estudo das inscrições em uma das placas encontradas dentro da tumba indica que ela ocupava uma "ótima posição", já que era responsável por escritórios do governo central.

Fontes
Newsweek e Ministério das Antiguidades e Turismo
Imagens
Ministério das Antiguidades e Turismo/Divulgação