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A humanidade estaria provocando a sexta extinção em massa?

Por History Channel Brasil em 29 de Junho de 2015 às 02:03 HS
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Os processos de extinção em massa da Terra sempre ocorreram por “causas naturais”, de acordo com a maior parte das teorias. Até então, já ocorreram cinco delas e uma sexta estaria em andamento, com uma peculiaridade: nós, humanos, seríamos os culpados. O assunto foi tema de uma edição especial da revista Science em que se tentou avaliar o ritmo da extinção de espécies no planeta.

De acordo com as teorias mais aceitas, em episódios de extinção em massa, até 96% das espécies de seres vivos do mundo são varridas do globo. A última delas ocorreu com os dinossauros, exterminados há 65 milhões, quando um meteoro gigante teria caído na atual da Península de Yucatán, no México.

Agora, a chamada extinção do Antropoceno, tem liquidado pelo menos 322 espécies de vertebrados nos últimos 500 anos. De todas as espécies animais atuais – estimadas entre 5 milhões e 9 milhões –, o mundo perde anualmente entre 11 mil e 58 mil espécies. Em especial tem ocorrido uma redução entre os invertebrados, como os insetos, que são responsáveis por funções elementares do meio ambiente e manutenção de ecossistemas.

O estudo ainda apontou que enquanto estes frágeis animais somem, a população do planeta praticamente dobrou. Com mais gente, há mais cidades, mais poluição, destruição das matas, sem falar da falta de políticas públicas e uma economia comprometida com a preservação do meio ambiente e das outras espécies que habitam a Terra.

 

Críticas

Algumas vozes se levantaram contra o estudo, alegando que seria díficil presumir uma taxa de extinção no passado quando há somente fósseis como evidência. Desta maneira, nem todas as espécies, ou a quantidade delas, poderia ser calculada a partir dos fósseis. Outro ponto levantado é que a taxa de extinção atual é determinada a partir de pesquisas de organismos vivos. O resultado dessas considerações é que as taxas de extinção no passado poderiam ser suavizadas ao longo de dezenas de milênios, enquanto que as taxas de extinção de hoje representariam um período de tempo menor.


Fontes: Science , Evolution News

Imagem: Vichailao/Shutterstock.com