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Os eventos astronômicos que você não pode perder em 2016

Por History Channel Brasil em 23 de Dezembro de 2015 às 00:05 HS
Os eventos astronômicos que você não pode perder em 2016-0

O ano está começando e, por isso, é a hora de anotar na agenda os eventos cósmicos mais interessantes que ocorrerão em 2016. Para montar esse calendário de espetáculos, nossos astrônomos utilizam apenas a matemática (e Newton, é claro). O comportamento dos corpos celestes pode ser calculado pela teoria da gravitação, formulada por Isaac Newton no século XVII.  E é assim que podemos nos programar para voltar a nossa atenção para o céu no dia e horário exatos. 

 

Além da movimentação no cosmos, este ano será especial para a astronomia porque a sonda Juno finalmente chegará a Júpiter após cinco anos de viagem. Isso significa que, a partir de 2016, teremos novidades sobre o maior planeta do sistema solar. Juno é uma sonda espacial movida a energia solar. Ela será colocada em órbita para estudar a composição de Júpiter, seus campos gravitacionais e magnéticos. No interior do planeta, os cientistas esperam entender, entre outras coisas, os ventos jupiterianos, que chegam a 600 quilômetros por hora.

 

JANEIRO

 

- Entre os dias 3 e 4, será possível avistar a chuva de meteoros Quadrantids. Esses meteoros irradiam da constelação Boötes e, no pico da chuva, podem surgir até 40 meteoros por hora. A visualização é melhor de um local bem escuro depois da meia-noite.

 

MARÇO

 

- No dia 8, Júpiter estará o mais próximo da Terra neste ano e seu “rosto” será totalmente iluminado pelo sol. Será possível visualizá-lo e fotografá-lo. Até as suas luas estarão visíveis.

- No dia 9, está previsto o eclipse solar totalque poderá ser visto em algumas partes da Indonésia e no Oceano Pacífico. Já o eclipse parcial poderá ser visto no norte da Austrália e sudeste da Ásia. 

- No dia 23, será a vez do eclipse lunar. Será visível em quase todo extremo leste da Ásia, leste da Austrália, no Oceano Pacífico, e na costa Oeste da América do Norte incluindo o Alasca.

 

ABRIL

 

- Entre 21 e 22, está prevista mais uma chuva de meteoros. Desta vez, serão as Lirídeas, na constelação de Lira. Este ano, a lua cheia vai atrapalhar um pouco a visualização dos cerca de 20 meteoros que podem cair por hora e que deixam uma trilha de poeira brilhante. Apesar de não ser a mais forte chuva de meteoros, as Lirídeas são famosas por terem sido registradas há 2.600 anos, o período mais longo na história. 

 

MAIO

 

- O fenômeno Eta Aquarídeas vai ocorrer entre os dias 5 e 7. O ponto radiante para essa chuva de meteoros estará na constelação de Aquário. A lua nova vai proporcionar uma experiência de visualização ideal este ano com o céu escuro. Melhor visualização geralmente é para o leste após a meia-noite, longe das luzes da cidade.

- No dia 9, está previsto o Trânsito de Mercúrio, nome dado à passagem do planeta entre o Sol e a Terra. Com um telescópio, Mercúrio é visto como um pequeno ponto escuro movendo-se pelo disco solar. Esse evento ocorre 13 ou 14 vezes em cada século. Os três últimos trânsitos de Mercúrio ocorreram em 1999, 2003 e 2006.

- Prepare para fotografar Marte no dia 22. O planeta vermelho terá sua maior aproximação da Terra e será totalmente iluminado pelo sol. 

 

JUNHO 

 

- No dia 3, Saturno terá a sua maior aproximação da Terra.

- Sonda Juno: a sonda está prevista para chegar a Júpiter no dia 4. A previsão é que permaneça em órbita até outubro de 2017, quando a nave sairá da órbita para bater em Júpiter. 

 

JULHO 

 

- Delta Aquarídeas: sua ocorrência é no final de julho - seu auge deve ocorrer entre os dias 28 e 29, mas alguns meteoros poderão ser vistos a partir de 18 de julho e até 18 de agosto. Também ocorre na constelação de Aquário. Melhor visualização geralmente é para o leste após a meia-noite a partir de um local escuro.

 

AGOSTO

 

- Entre 13 e 14, poderá ser vista a maior chuva de meteoros do ano – a Perseidas, que ocorre a partir da constelação de Perseu e pode apresentar até 60 meteoros por hora. Apesar de o pico ser em 13 e 14 de agosto, será possível ver alguns meteoros entre o período de 23 de julho e 22 de agosto. O céu estará bem escuro este ano, facilitando a visualização. Encontre um local longe das luzes da cidade e olhe em direção ao nordeste depois da meia-noite.

 

SETEMBRO

 

- No dia 1º de setembro ocorre um eclipse solar anular, que terá início na costa leste da África central passando por Gabão, Congo, Tanzânia, Madagáscar e terminando no Oceano Índico. O eclipse parcial será visível durante a maior parte do dia na África e no Oceano Índico.

- Em setembro, é a vez de Netuno estar mais próximo da Terra. Mesmo assim, a olho nu, só será possível visualizar um pequeno ponto azul. Para ver mais que isso, será preciso um telescópio. 

- Para o dia 16, está previsto um eclipse lunar, visível em quase toda a Europa Oriental, Leste da África, Ásia e Austrália Ocidental. 

 

OUTUBRO

 

- No dia 15, Urano está mais próximo da Terra. 

- Entre 21 e 22, ocorre a chuva de meteoros Orionídeas. Esta chuva de meteoros terá seu auge no dia 21, mas ela é bastante irregular. Um bom espetáculo pode ser experimentado nas manhãs entre os dias 20 e 24. Uma melhor visualização poderá ser obtida a partir do leste, após a meia-noite.

 

NOVEMBRO

 

- Chuva de meteoros Leonídea entre os dias 17 e 18. Este ano, teremos um pico cíclico, onde centenas de meteoros podem ser vistos a cada hora. Para visualizar melhor o fenômeno, procure a constelação de Leão após a meia-noite. 

 

DEZEMBRO

 

- Geminídeas: com origem na constelação de Gêmeos, pode ter uma alta taxa de meteoros, com até 60 por hora. O auge da chuva geralmente acontece entre os dias 13 e 14. A lua cheia poderá ser um problema este ano, escondendo muitos dos meteoros mais fracos em seu brilho. A melhor visualização geralmente é para o leste após a meia-noite a partir de um local escuro.

 

Fonte: Explorador dos CéusNasa

Imagem: pixbox77/Shutterstock.com