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Potencialmente perigoso: NASA consegue abrir cápsula com amostras do asteroide Bennu

Após meses de tentativas frustradas, a agência espacial finalmente acessou o material coletado do objeto espacial
Por History Channel Brasil em 18 de Janeiro de 2024 às 13:04 HS
Potencialmente perigoso: NASA consegue abrir cápsula com amostras do asteroide Bennu-0

A NASA finalmente conseguiu abrir a cápsula que contém amostras do asteroide Bennu coletadas pela missão OSIRIS-Rex. O material chegou à Terra em setembro, mas problemas técnicos impediram a abertura do recipiente. O estudo do seu conteúdo trará informações sobre o objeto espacial, considerado potencialmente perigoso.

Parafusos presos

Anteriormente, os pesquisadores da NASA haviam recuperado cerca de 70g das amostras do lado externo da tampa da cápsula (material que continha carbono e água). Mas, os cientistas não conseguiram abrir o recipiente porque dois de seus parafusos estavam presos. Para superar esse inconveniente, foram projetadas duas novas ferramentas com brocas personalizadas.

Abertura da cápsula com amostras do asteroide Bennu
Abertura da cápsula com amostras do asteroide Bennu (Imagem: NASA/James Blair/Divulgação)

As ferramentas foram fabricadas com um tipo específico de aço inoxidável cirúrgico não magnético para evitar a contaminação do material. Isso possibilitou o acesso completo ao conteúdo da cápsula que transporta as amostras. Os cientistas esperam analisar detalhadamente o material para estudar sua composição e utilizar essas informações para reconstruir a história de nosso sistema solar. A possível presença de compostos orgânicos nas amostras poderia oferecer informações valiosas sobre a origem da vida. 

O asteroide Bennu, que tem diâmetro de aproximadamente 490 metros, tem sua trajetória acompanhada com atenção pelos astrônomos. De acordo com a NASA, esse objeto espacial tem uma chance em 2.700 de atingir a Terra no ano de 2182. Mesmo que a possibilidade seja remota, isso faz dele o asteroide potencialmente perigoso que oferece o maior risco de colisão contra o nosso planeta.

Fontes
Live Science
Imagens
NASA/Robert Markowitz/Divulgação