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"Maldição” que matou descobridores da tumba do Rei Tut pode ter sido explicada

Cientista levanta teoria polêmica a respeito da causa das mortes misteriosas dos exploradores que encontraram a múmia de Tutancâmon
Por History Channel Brasil em 30 de Abril de 2024 às 16:02 HS
"Maldição” que matou descobridores da tumba do Rei Tut pode ter sido explicada-0

A "maldição do faraó", uma lenda que fascina o público há décadas, pode ter encontrado uma explicação. De acordo com a crença popular, a abertura da tumba de Tutancâmon no Egito, em 1922, desencadeou uma série de mortes misteriosas daqueles envolvidos em sua descoberta. Agora, um estudo o estudo publicado na revista científica Journal of Scientific Exploration aponta o que teria matado essas pessoas.

Materiais radioativos?

Segundo Ross Fellowes, autor do estudo, a causa das mortes foi a radiação proveniente de elementos naturais que continham urânio e resíduos tóxicos que foram deliberadamente colocados dentro da câmara lacrada de Tutancâmon para afastar saqueadores e profanadores. O estudo diz ainda que altos níveis de radiação também foram documentados não só ali, mas em ruínas de tumbas do Antigo Reino, em dois locais em Gizé e em vários túmulos subterrâneos em Saqqara.

O pesquisador levanta a hipótese polêmica que os antigos egípcios tinham conhecimento sobre material radioativo. O estudo cita referências a textos funerários do Egito antigo que falam de uma "emanação invisível" vinda de "bolos de açafrão". Fellowes sugere que esses bolos eram, na verdade, algo conhecido atualmente como "bolo amarelo" (ou yellowcake, um material composto de urânio), ingrediente crucial em reatores nucleares.

"A natureza da maldição estava explicitamente inscrita em algumas tumbas, e uma delas foi traduzida premonitoriamente como 'aqueles que violarem esta tumba encontrarão a morte por uma doença que nenhum médico pode diagnosticar'", escreveu Fellowes no estudo.

Abertura do sarcófago de Tutancâmon
Abertura do sarcófago de Tutancâmon (Imagem: Biblioteca do Congresso dos EUA/Domínio Público, via Wikimedia Commons)

As alegações de Fellowes devem causar controvérsia, pois um estudo de 2002 concluiu que a "maldição do faraó" não passava de um mito. Ao analisar a média de vida de 44 ocidentais que estavam no Egito quando a tumba foi aberta (25 dos quais estiveram presentes no recinto), o estudo determinou que não havia diferença significativa entre os anos vividos por aqueles que estiveram na tumba e os que não estiveram. Ao todo, seis das pessoas que foram expostas à câmara na hora de sua abertura teriam morrido dentro de uma década por motivos diversos.

Fontes
New York Post, Daily Mirror e Express
Imagens
istock